quarta-feira, 23 de abril de 2008

Saído do forno...




Pronto! Acaba de sair do forno... o livro “Décio Jacintho Ribeiro – personalidade futebolística e cultural”, de minha autoria. A obra é uma biografia de um morador de Santa Bárbara, senhor que dedicou quase 60 anos de sua vida a trabalhos voluntários, nas mais diversas áreas, ao Esporte Clube União Agrícola Barbarense.

Ainda não há data para o lançamento oficial do livro, uma vez que contará com o apoio da Secretaria de Cultura de Santa Bárbara d´Oeste, que através do Fundo de Cultura aprovou o projeto.

A produção do livro é o resultado de um sonho da família do senhor Decinho, que tinha como objetivo reunir todas as homenagens que ele recebeu, ao longo dos anos, por sua dedicação ao clube. Além da concretização de um projeto meu.

A entrega de alguns exemplares do livro ao senhor Decinho e seus familiares foi feita no dia 12 de abril, em sua casa. Uma cerimônia simples, mas muito emocionante.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Quando terá outro bazar?

Por fim, no frigir dos ovos, algumas pessoas até gostaram da ação do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, pelo menos do desfecho, com o “bazar” feito com os seus pertences. E se for ver, alguns até querem que outros como este apareçam. É o consumismo da população, agregado a curiosidade, no caso das pessoas que queriam ter conhecimento de seus pertences, seus costumes, sua vida particular. O que será que ele usava? Por que tinha tantas coisas? Não tem como negar, infelizmente, no fundo, a população até espera por outro “bazar” como este.

De acordo com divulgação, mais de 5 mil pessoas compareceram ao Jockey Club de São Paulo, nesta terça-feira (08/04). Porém poucas pessoas entraram, a informação é que cerca de 500 pessoas participaram do leilão. No tumulto, houve empurra-empurra e até desmaios. O evento começou ao meio-dia e deveria terminar às 20 horas, mas só durou 2 horas. Para conter as pessoas que ficaram do lado de fora e queriam a todo custo obter algo, os policiais usaram gás de pimenta.

Fico me perguntando, por que as pessoas se sujeitam a passar por isso? Somos consumistas isso é fato, mas até que ponto alguém aceita este tipo de situação para obter um bem durável ou de consumo? Ou é o significado embutido neste processo? Afinal, Abadía tornou uma pessoa “famosa” e ai esquece-se tudo o que há por trás disso. Todo o esquema do tráfico que, entre outras coisas, leva o País cada vez mais para o ralo.

Os produtos, desde peças íntimas, vinhos de um lote especial para a comemoração dos 500 anos do Brasil, até geladeiras, carros, equipamentos de ginástica e outros, avaliados em mais de R$ 2 milhões, foram vendidos até 70% abaixo do preço de mercado.

Um outro bazar foi programado para quarta-feira e os organizadores, esperando uma maior “organização”, distribuíram senhas. E mais, um deles, achou o evento um sucesso.

Fico pensando que algumas pessoas, mas essas são poucas, não querem nenhum desses produtos, nem que seja de graça. Isso porque foi custeado com o dinheiro de drogas, com a vida de alguns, com o vício de outros. Se as pessoas conscientes realmente querem por um fim neste tipo de esquema, um grande protesto seria não aparecer ninguém neste evento, não adquirir uma única peça.

Enquanto isso algumas pessoas pensam e pedem, que venham outros Abadías, não importa o preço pago por isso e sim o quanto eu vou pagar na peça que vou adquirir neste evento. Não havia preocupação se os produtos eram de um traficante acusado até de assassinatos. Uma vendedora comentou que era só jogar sal e água benta em algumas peças. Nesta condição são meros receptadores (crime, no caso de produto roubado), sim, só que, desta vez, de certa forma “legalizada”.

A única coisa boa de toda esta história é que parte do valor arrecadado será doada a algumas instituições de caridade e outra parte será destinada a contas judiciais.

Como disse Arnaldo Jabor em seu comentário na Rádio CBN, “era uma espécie de liquidação e tipos de liquidação como esta é a cara do Brasil. Tudo começa em drama e acaba em chanchada”.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

A construção da imagem

É praticamente impossível falar de política, mais especificamente durante esta época de eleição, sem falar da imagem do político. Ou seja, a imagem que ele passa é a base de todo o processo.

Quando fala de imagem, não estou aqui querendo dizer apenas do visual, a forma como se veste. É claro que este é o item número um ao ser avaliado por outros, principalmente por seus eleitores.

Mas digo também da sua postura em relação às pessoas, como se comporta em um evento, por exemplo. O político que quer passar uma imagem de homem sério, trabalhador e representante do povo, não deve, por exemplo, ir a um evento e “tomar todas” como dizem, “ficar alto”. Sair falando dos outros, não respeitar as mulheres, e vice-versa. A mulher, política, também deve ter uma postura à altura de uma representante de classe.

A forma como se porta, mancha ou engrandece a sua imagem. Para isso, basta recordarmos a situação quando um único jornalista, internacional, divulgou que o presidente Luis Inácio Lula da Silva “abusava” da bebida, em alguns eventos. A repercussão foi imediata e causou um forte impacto em sua imagem.

Dentro da linguagem política, o termo imagem apresenta um conceito complexo, pois pertence, ao mesmo tempo, aos campos da publicidade, psicologia e política.

A imagem pode ser arranhada, prejudicada, comprometida. Pode precisar de correções e ajustes. Assim como pode estar em processo de criação, construção ou mudança, com base em todo um trabalho de marketing.

Mas, é importante salientar aqui que alguns políticos, com o tempo, já construíram e solidificaram a sua própria imagem. E já tem um retorno positivo de seu trabalho, muitas vezes de forma até inconsciente. É aquela situação em que as pessoas dizem e se identificam com o “jeitão” dele (político).

Mesmo assim, a cada campanha, a cada nova disputa, o político que pretende se destacar deve rever seus conceitos, juntamente com a sua equipe de trabalho. Deve reavaliar se está no caminho certo. Como está sua imagem de político, perante a sociedade, ao seu eleitor.

Administrar a imagem é um empreendimento complexo e difícil, mas é também um investimento. E a imagem será construída com ou sem a sua participação. É mais sábio que você participe deste processo.

Lembre-se: o sucesso político depende de como você está administrando a sua imagem.