Poderíamos
sair por ai a procura de uma semente do bem para implantá-la nos corações das
pessoas e assim transformar nosso mundo, hoje, tão cheio de maldade, egoísmo e
violência. Mas, fiquei pensando, onde estão essas sementes? Estão nos corações
de muitas pessoas. Algumas já predispostas a fazerem o bem ao próximo, sendo o
próximo alguém bem próximo mesmo, como um membro da família ou um amigo
querido, ou o próximo que está ao seu lado, sem nenhum grau de parentesco ou
intimidade.
Algumas
pessoas mesmo tendo essa sementinha que chamamos aqui de semente do bem, temem
em cultivá-la, fazê-la crescer e compartilhar seus frutos com outros. Isso por
insegurança, por medo mesmo, pois estamos o tempo todo com medo dos que estão
próximos.
Olho ao redor para
ver se encontro, mas parece algo bem raro, cada dia mais difícil de ser
encontrada. Como acontece com algumas espécies de animais: está em extinção.
Olhamos para os corações das pessoas e seus reflexos nos comportamentos, mas o
que vemos são pouquíssimas atitudes de bondade sincera. Como diz um conhecido é
“tudo interesse e necessidade”. Triste realidade.
O que acontece com nós seres humanos? Ultimamente até no
relacionamento próximo, na família, o fazer o bem tem desaparecido. É claro que
estou generalizando, e toda regra tem sua exceção, mas as pessoas não estão
mais ou pouco estão interessadas em seu próximo. O que nos leva a este
esfriamento, a falta de zelo com o próximo e o individualismo?
Por conta disso devemos louvar as atitudes de pessoas que se
envolvem e contribuem, seja com trabalho, ou de alguma outra forma, com
entidades filantrópicas, em campanhas que visam apenas auxiliar as pessoas, ou
mesmo animais, ou uma causa específica em prol da coletividade, aqueles que
estão dispostos “ainda” a estender as mãos.
Posso dizer que tenho o prazer de auxiliar em alguns destes
trabalhos, muito pouco, mediante a amplitude do que pode ser feito. Mas é prazeroso
sim, poder de alguma forma estender as mãos e ajudar alguém.
Se tivéssemos um punhado de sementes do bem poderíamos sair
por ai plantando. Jogando ao vento, para serem espalhadas por todos os lugares
do planeta.
Mas
é aquela velha história: cada um dá o que tem. Então, que as pessoas que ainda
tem esta semente do bem, possam dar mais e mais carinho, atenção, bondade, auxílio
ao próximo, assim as pessoas que recebem, com o tempo, também passarão a dar. E
quem sabe, o ciclo se torne tão grande, que a situação um dia poderá ser
revertida, ou seja, se apresente muito diferente do hoje.