terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dia das crianças, momento para refletir...

No passado, um tanto distante, há algumas décadas, quando o assunto era criança vinha sempre acompanhado de um sentimento de ingenuidade, alegria, arte, as conhecidas traquinagens, mas algo muito saudável. Era muito bom ver a criançada correndo, pulando, brincando.
Infelizmente, muita coisa mudou. Com a falta da estrutura familiar e a mudança no comportamento da sociedade, a mulher/mãe mais atuante no mercado de trabalho e os pais ou responsáveis cada dia mais atarefados, surge, como reflexo disso, a ausência no lar.
Às vezes a falta de tempo ou mesmo o desinteresse é tão grande que passa despercebido que aquela criancinha está crescendo, e não se observam as companhias e mudanças no comportamento. O que a criança não teve em casa vai buscar fora, e nem sempre acha o que é de melhor.
É triste abrimos o jornal, assistirmos a uma reportagem, ouvir uma noticia no rádio ou ler na internet casos de crimes que envolvem crianças com 10, 11 anos. No meio de quadrilhas que roubam, com pessoas que matam, se prostituindo, se drogando. Onde estão os responsáveis por estes menores que muitas vezes não tem noção do que estão fazendo ou da dimensão do estrago que podem causar? Os corações vão se endurecendo e a banalidade imperando, rouba-se e mata-se por quase nada.  Muitas vezes, os responsáveis estão também neste meio.
Somos todos culpados, a sociedade é culpada pelo degringolar dos conceitos. O que podemos fazer para que isso não se torne ainda pior? Existem muitas instituições, entidades, Ongs, pessoas preocupadas que trabalham valores e conceitos morais, mas não são suficientes. É preciso muito amor para trabalhar com o próximo e transmitir o que é bom. É preciso ainda insistência, paciência e compreensão.
Não podemos fechar os olhos e fingir que isso não está acontecendo ou simplesmente ignorar entendendo que em nossa família está tudo bem. Será? Mesmo que esteja, qualquer um pode ser afetado com o que acontece no dia a dia, nem que seja com o mal estar causado por estas pequenas vidas que sofrem.
Temos sim, ainda, muitas situações com crianças que nos remetem a ingenuidade e a alegria. Mas é preciso abrir os olhos, ver as mudanças e pensar o que podemos fazer para que isso não se perca.



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