domingo, 24 de novembro de 2013

Faça o seu melhor!

Não saberia precisar em porcentagem a quantidade de pessoas que costumam dar o máximo de si em um projeto, seja ele de ordem pessoal ou profissional. Porém, todos nós devemos ter ao menos uma ou duas pessoas próximas que agem desta forma. Eu particularmente acho admirável este comportamento. Parece que a energia, a garra, nunca acabam. É uma vontade de ver as coisas darem certo, incrível.
No livro 21 Minutos de Poder na Vida de um Líder, John C. Maxwell traz um capítulo sobre a Lei da Vitória. O autor frisa que “os vitoriosos tem em comum a incapacidade de aceitar a derrota. Eles tratam de descobrir o que precisa ser feito para alcançar a vitória, lançando mão, para isso, de tudo o que estiver a sua disposição”.
Já a escritora Susan Cain, em sua obra “O Poder dos Quietos”, relata dados de estudos de comportamento que revelam que leva aproximadamente 10 mil horas de prática deliberada para se tornar um verdadeiro especialista. Ela enfatiza ainda que é preciso construir sua competência, com dedicação, degrau por degrau.
Muitas vezes ficamos admirados com a dedicação de bailarinos, pianistas e outros profissionais que treinam horas e horas por dia, formando bolhas e calos nos pés e nas mãos. Mas isso, para eles, é apenas um detalhe, pois eles têm uma meta, um objetivo a atingir. E ai quando vemos uma apresentação, estão milimetricamente perfeitos. É o auge! Missão cumprida! Pelo menos uma etapa, porque nunca param, seguem em frente com novos desafios.
Essa determinação é muito bonita de se ver. Quem nunca observou em uma apresentação de dança ou qualquer outra atividade que tem sempre aquele que se destaca, nos movimentos, postura, entonação. E nossos olhos fixam nessa pessoa, merecidamente porque ela deu o seu melhor para aquele momento. Não que os outros não tenham dado, uns tem maior aptidão para determinada atividade do que outros, mas não vamos entrar neste detalhe.
Aproveito o momento para elogiar duas pessoas que agem desta forma e são próximas a mim. Uma delas é a Camila Vilela, professora de ginástica da Academia Corpo e Energia de Nova Odessa. Ela dá cada aula com paixão. Aos finais de semana participa de oficinas exaustivas para novos treinamentos e as vezes vai até de madrugada estudando as novas coreografias. Durante as aulas está sempre incentivando os alunos e grita: “Não desista!”, “Dê o seu melhor”. Resultado: salas sempre lotadas.
Outro profissional que gostaria de citar, também de Nova Odessa, é o professor de Karatê Ernesto Tarô Nishibara, da Academia Kyodo-Kai. Ele desenvolveu um projeto específico para trabalhar o Karatê, porém não apenas a parte física, mas a emocional também. Este projeto vai além dos exercícios físicos, trabalha o interior das pessoas, é voltado ao conhecimento e requer mudanças de atitude. Em alguns casos possibilita a cura de doenças, recuperação de fraturas com maior facilidade e aumenta significativamente a autoestima. Tarô é muito determinado e como ele mesmo fala é um constante aprendiz, está sempre estudando e em busca de algo a mais para repassar aos seus alunos.
Parabéns a esses profissionais tão competentes e apaixonados pelos seus projetos. O melhor de tudo é que não guardam para si, buscam o melhor para servir ao outro. Que cada um de nós possamos fazer o nosso melhor.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Americana, cidade que nos acolheu

Eu e minha família morávamos em Rancharia, interior de São Paulo, meu pai “tocava” uma roça para o nosso sustento e todos os filhos trabalhavam para ajudar. Eu e minha irmã mais nova fomos as duas únicas que não trabalhamos na roça, pois éramos muito pequenas, cheguei em Americana com apenas seis anos.
A primeira pessoa que veio para Americana, de minha família, foi minha irmã mais velha a Marilene, isso porque meus pais tinham compadres em Americana e falavam de melhores condições de vida.
E foi justamente isso que aconteceu, depois de uma longa viagem de trem chegamos a esta cidade grande, desenvolvida. Logo os meus irmãos mais velhos (éramos em um total de oito) arrumaram emprego em tecelagens, na época, anos 70, o setor têxtil estava em pleno desenvolvimento.
Era outra vida, menos sofrida. Foi em Americana que todos nós estudamos e buscamos melhores condições de vida. Alguns se casaram, constituíram família e o número foi aumentando, com a chegada dos genros, noras e netos. Foi nesta cidade também que construímos nossa casa, uma bela casa na Vila Biasi.
Em uma casa com muitos filhos, uma família grande, com dez pessoas, não foram poucas as vezes que aconteceram desentendimentos. E lá estava a figura de minha mãe que tinha a doce função de apaziguar sempre. Ela era uma mulher robusta, uma pernambucana brava, mas ao mesmo tempo uma mulher sem igual na luta por criar seus filhos e passar os melhores conceitos sobre moral e bom costume. Foi esta cidade, que nos acolheu com tanto carinho, que fui criada, educada, ensinada, por tantos professores. Só temos a agradecer.

Dia das crianças, momento para refletir...

No passado, um tanto distante, há algumas décadas, quando o assunto era criança vinha sempre acompanhado de um sentimento de ingenuidade, alegria, arte, as conhecidas traquinagens, mas algo muito saudável. Era muito bom ver a criançada correndo, pulando, brincando.
Infelizmente, muita coisa mudou. Com a falta da estrutura familiar e a mudança no comportamento da sociedade, a mulher/mãe mais atuante no mercado de trabalho e os pais ou responsáveis cada dia mais atarefados, surge, como reflexo disso, a ausência no lar.
Às vezes a falta de tempo ou mesmo o desinteresse é tão grande que passa despercebido que aquela criancinha está crescendo, e não se observam as companhias e mudanças no comportamento. O que a criança não teve em casa vai buscar fora, e nem sempre acha o que é de melhor.
É triste abrimos o jornal, assistirmos a uma reportagem, ouvir uma noticia no rádio ou ler na internet casos de crimes que envolvem crianças com 10, 11 anos. No meio de quadrilhas que roubam, com pessoas que matam, se prostituindo, se drogando. Onde estão os responsáveis por estes menores que muitas vezes não tem noção do que estão fazendo ou da dimensão do estrago que podem causar? Os corações vão se endurecendo e a banalidade imperando, rouba-se e mata-se por quase nada.  Muitas vezes, os responsáveis estão também neste meio.
Somos todos culpados, a sociedade é culpada pelo degringolar dos conceitos. O que podemos fazer para que isso não se torne ainda pior? Existem muitas instituições, entidades, Ongs, pessoas preocupadas que trabalham valores e conceitos morais, mas não são suficientes. É preciso muito amor para trabalhar com o próximo e transmitir o que é bom. É preciso ainda insistência, paciência e compreensão.
Não podemos fechar os olhos e fingir que isso não está acontecendo ou simplesmente ignorar entendendo que em nossa família está tudo bem. Será? Mesmo que esteja, qualquer um pode ser afetado com o que acontece no dia a dia, nem que seja com o mal estar causado por estas pequenas vidas que sofrem.
Temos sim, ainda, muitas situações com crianças que nos remetem a ingenuidade e a alegria. Mas é preciso abrir os olhos, ver as mudanças e pensar o que podemos fazer para que isso não se perca.



sábado, 22 de junho de 2013

A semente do bem

Poderíamos sair por ai a procura de uma semente do bem para implantá-la nos corações das pessoas e assim transformar nosso mundo, hoje, tão cheio de maldade, egoísmo e violência. Mas, fiquei pensando, onde estão essas sementes? Estão nos corações de muitas pessoas. Algumas já predispostas a fazerem o bem ao próximo, sendo o próximo alguém bem próximo mesmo, como um membro da família ou um amigo querido, ou o próximo que está ao seu lado, sem nenhum grau de parentesco ou intimidade.
Algumas pessoas mesmo tendo essa sementinha que chamamos aqui de semente do bem, temem em cultivá-la, fazê-la crescer e compartilhar seus frutos com outros. Isso por insegurança, por medo mesmo, pois estamos o tempo todo com medo dos que estão próximos.
Olho ao redor para ver se encontro, mas parece algo bem raro, cada dia mais difícil de ser encontrada. Como acontece com algumas espécies de animais: está em extinção. Olhamos para os corações das pessoas e seus reflexos nos comportamentos, mas o que vemos são pouquíssimas atitudes de bondade sincera. Como diz um conhecido é “tudo interesse e necessidade”. Triste realidade.
O que acontece com nós seres humanos? Ultimamente até no relacionamento próximo, na família, o fazer o bem tem desaparecido. É claro que estou generalizando, e toda regra tem sua exceção, mas as pessoas não estão mais ou pouco estão interessadas em seu próximo. O que nos leva a este esfriamento, a falta de zelo com o próximo e o individualismo?
Por conta disso devemos louvar as atitudes de pessoas que se envolvem e contribuem, seja com trabalho, ou de alguma outra forma, com entidades filantrópicas, em campanhas que visam apenas auxiliar as pessoas, ou mesmo animais, ou uma causa específica em prol da coletividade, aqueles que estão dispostos “ainda” a estender as mãos.
Posso dizer que tenho o prazer de auxiliar em alguns destes trabalhos, muito pouco, mediante a amplitude do que pode ser feito. Mas é prazeroso sim, poder de alguma forma estender as mãos e ajudar alguém.
Se tivéssemos um punhado de sementes do bem poderíamos sair por ai plantando. Jogando ao vento, para serem espalhadas por todos os lugares do planeta.
Mas é aquela velha história: cada um dá o que tem. Então, que as pessoas que ainda tem esta semente do bem, possam dar mais e mais carinho, atenção, bondade, auxílio ao próximo, assim as pessoas que recebem, com o tempo, também passarão a dar. E quem sabe, o ciclo se torne tão grande, que a situação um dia poderá ser revertida, ou seja, se apresente muito diferente do hoje.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ensinamentos de crianças


Se nos permitirmos passar um tempo observando uma criança podemos ver como fica absorta em seu mundo particular, sem a necessidade de compartilhar aquele momento com ninguém. É apenas ela e seu pequeno mundo ou tão grande mundo, pelo seu foco, que não temos condições de mensurar.

Isso nos ensina muito, a ter concentração e foco naquilo que estamos fazendo, seja o que for, pois hoje temos o mau hábito, em função do pouco tempo, de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Do tipo: cozinhar, falar ao telefone, e no meio da conversa anotar o que precisa comprar no mercado e dar uma ordem ao filho. Nossa cabeça parece que está a mil por hora e não é de se estranhar que muitas vezes nos admiramos questionando se realmente fizemos algo que nem lembramos.

Outra coisa que as crianças sempre nos ensinam é agir com simplicidade. Para nós, adultos, envoltos em uma correria frenética, diária, vemos monstros e bichos de sete cabeças onde não existem. Ficamos nervosos e agitados com a mínima coisa que sai do eixo. Enquanto que para a criança, com sua ingenuidade, parece ser possível solucionar tudo de forma bastante simples. Do tipo: reclamamos que estamos com dor de cabeça, uma, duas, três vezes e a criança vira para nós e diz, “tome um remédio”, simples assim.

Tenho um filho pequeno, hoje não mais tão pequeno, vai completar 12 anos nos próximos dias. Mas por volta dos seus 6 ou 7 anos, sempre derrubava leite na toalha da mesa da cozinha, que tinha acabado de trocar (Lei de Murphy). Isso me irritava e muitas vezes eu briguei com ele. Ficava triste, parecia até que o leite tinha perdido o gosto e eu mal também, porque não tinha necessidade daquilo, mas quando, via a cena se repetia.

Em um desses dias, com o leite sobre a toalha limpa, eu decidi ficar quieta, pois já tinha percebido que não adiantaria esbravejar. Ele olhou para mim, com uma carinha tão singular, tão meiga, e falou com calma, com o copo na mão, e o seu habitual bigode de leite “mãe, tudo bem... depois a gente troca a toalha”. Como se me dissesse: que importância isso tem, não é? E ele tinha razão.
Com que olhos, olhamos as coisas, de que forma? Que importância damos a cada detalhe, será que os merecem? E as situações que realmente importam e requerem nossa atenção, temos dado? Temos que refletir sobre o nosso comportamento diário e buscar aprender um pouco mais com estes pequenos que muito nos ensinam.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Revisão final do livro "Flor Linda", com Angolini

 
Trabalho final de revisão do texto do livro "Flor Linda", com Angolini.
Vários dias, mês de maio/2013
Agora, buscar patrocínio, enviar para a gráfica e marcar o lançamento.
 
 
 



terça-feira, 21 de maio de 2013

O Valor das Ideias

 
Quanto custa uma ideia, um pensamento, uma linha de raciocínio? Penso que vale muito, mas tenho visto, e isso não é novidade para ninguém, que a cada dia que passa tem perdido seu valor.
Quando falamos de leitura e escrita, isso fica bastante evidente. Há quatro ou cinco décadas, as pessoas faziam o antigo primário – do 1º ao 4º ano -, às vezes nem concluíam e já sabiam ler e escrever. Faziam negócios até, quando adultos e eram bem sucedidos. Hoje vemos jovens no Ensino Médio, ou mesmo na faculdade assassinando a Língua Portuguesa, por preguiça, por desleixo, por falta de vontade. Não gostam de ler e muito menos de escrever, com isso seus comentários, sobre os mais variados assuntos, são vazios, superficiais, com pouco embasamento.
Essa queda de valores também pode ser notada nas músicas, antes tão bem elaboradas, hoje, em sua grande maioria tão sem conteúdo, e mesmo assim agrada muitos dos jovens citados acima.
E quanto à literatura, o que podemos dizer? Temos bons livros, assim como bons escritores, porém a leitura em nosso país ainda tem um índice bastante baixo. O foco hoje fica nas leituras rápidas: jornais, revistas, internet. As leituras são superficiais, sem aprofundamento, sem avaliar a situação, sem formar uma opinião. Compra-se uma ideia e vende-a da mesma forma, sem atribui-lhe valores.
Um dos motivos que leva as pessoas a agirem assim é sem dúvida a agenda cheia. Cada dia mais as pessoas se ocupam das mais diversas atividades, saem de casa cedo e retornam apenas a noite, ou quando muito passam pela sua moradia para se alimentar ou se aprontar para outra atividade.
É com pesar que vemos este quadro, da desvalorização das ideias. Ao invés de avançarmos, temos um retrocesso. Podemos mudar este cenário, com muito esforço, acredito que sim. Para isso, creio, é preciso uma grande campanha de conscientização com as famílias, um trabalho enfatizado nas escolas, uma mudança de postura da sociedade como um todo. Podemos passar a presentear as pessoas com livros. Incentivar a realização de feiras e trocas de livros, assim como uma biblioteca itinerante e muitas outras ações, que podem começar pequenas e se tornarem grandes.
 

terça-feira, 30 de abril de 2013


Os ventos que sopram o meu coração


Os ventos que sopram o meu coração

dizem sim, dizem não

 
sim as boas emoções, sim aos amores...

não as contravenções, não aos contraventores...

 
Os ventos que sopram o meu coração

vem como um furacão carregado de emoções

muitas vezes a me frustrar vem trazendo dissabores

 
tenho muito a compartilhar com os meus queridos amores

assim como a lamentar os tropeços e as dores

 
mas, seguindo a caminhar com os ventos a soprar

ora sim, ora não, ora bons ora maus

porém, sempre a soprar o meu coração

 

Espaço Literário Nelly Rocha Galassi
13/03/2013











Se o mundo fosse acabar hoje

 

Se o mundo fosse acabar hoje eu queria correr...

correr livremente pela areia da praia, com as águas do mar tocando meus pés...
correr livremente ao lado do meu filho e de outras pessoas queridas...

e mar..., praia lembram água de coco

queria também tomar uma água de coco bem geladinha e doce...

 
ahhh, se o mundo fosse acabar hoje

não queria preocupações

acho que não queria nem parar para pensar no que aconteceria com tantas e tantas pessoas que conheço e amo

isso não mudaria nada

 
se o mundo fosse acabar hoje

queria rir, brincar, amar as pessoas que estão ao meu lado...

se o mundo fosse acabar hoje

queria simplesmente a sensação de contentamento e felicidade.

 
Texto escrito para o Espaço Literário Nelly Rocha Galassi
03/2013